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Peso Morto

Peso Morto Peso Que pesa Nos ombros Não é pesadelo. Pesado, é o pesar, Nosso modelo. Que desaba Andares e juízos. Estanca no chão, raxa sorrisos. Que rasga improvisos. Não acha nada, acha o não. Calada um instante, Cercada a multidão. Em curso Um projeto, Um rio, Que desagua Em queda livre. Em telas Pretas e brancas, A fumaça do Espírito, sobrevive, Ainda?
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Ecocapetalismo

Era Água do norte, carregando abrigos de destinos. Marrom-Negro era o rio da ambição. Em seu curso, carrega multidão. Casas, animais plantas. Invisíveis, restos, corpos empilhados na lama. Cumpre-se as escrituras: Do barro vieste ao barro retornarás. Silêncio! Os deuses não ouvem, porque moram do outro lado do rio.

Pelo mundo, por você

Pelos teus olhos enxergo o mundo maior, para interpretá-lo décor, para interpelá-lo melhor. É pelo teu sorriso que caminho quando não há caminho. É na tua voz distante e perto que ressuscito todos os dias.

Broca Dura

Ruídos escuros, escombros mentais, poluição sonora delírio voraz. Quebra parede, perfura mais, destrói o crânio, humano se desfaz. Broca maldita segura e audaz. Onde está o Capitão ? Dos escombros um ruído: - Beijando Generais.

Sonho núdico

Te procurei em outros corpos e não me arrependi. Tive que te encontrar em outras almas já que você não podia estar comigo mais aqui. Foi no breve i nfinito que permaneci, elevando meus pensamentos para mais uma vez poder te ver sorrir. Você nua, deitada entre taças e garrafas quebradas, no meio da sala, preferi não dormir. Admirava seu repouso noturno, era a paz do mundo que nunca hei de sentir. Perguntei então ao oráculo porque você surgia em cada trago do meu cigarro. Ele me disse que era feitiço e que eu ainda não tinha me descobrido mago. Descobri ainda que sou seu guardião sem guarda, E que nas portas do coração você tinha livre entrada. Mais um gole e um trago, a fumaça tem o mesmo cheiro de vazio do nosso quarto. Meia noite, essa hora eu estava suspenso nas alturas, atravessado por tantas loucuras. Era sua ausência, que me fez perder de vez o que restava de consciência. Quando acordei me vi no espelho, desorientado, e

Amor Impuro

Renasci junto ao teu olhar, ali era meu habitat. Em tuas lágrimas procurei mergulhar. Profundo, para escoar as dores de outros mundos. Era teu sono em nossos sonhos mais absurdos. Pertubei teu sono, invandi teu sonho, o sonho era seu, era meu, não queria sair dali, relutei ao adeus. Flor negra, dizem que sou radical, é que eu queria chegar em tua raíz mais mortal. Percebi que seus espinhos não deixam, ignoro, e agarro você assim mesmo. A mão sangrou, a cicatriz logo fechou. Foi quando um lapso de memória outras vidas me revelou, que o nosso amor impuro, naquele instante, fora sacramentado por um pacto de sangue.